Sessão de Relato de Caso


Código

RC014

Área Técnica

Cirurgia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: OCULARE

Autores

  • BRUNO VILACA TORRES PINTO (Interesse Comercial: NÃO)
  • JOÃO MARCELO LYRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • ABDORAL GOMES LIMA NETO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

TECNICA EVITANDO “CEU ABERTO” (AVOID OPEN SKY) MODIFICADA EM COMPLICAÇAO DO TRANSPLANTE LAMELAR ANTERIOR PROFUNDO

Objetivo

Demonstrar sucesso da técnica inovadora para evitar “céu aberto” em ceratocone avançado após a perfuração do leito residual no transplante lamelar anterior profundo.

Relato do Caso

Em casos de ceratocone avançado cuja córnea apresenta-se extremamente afinada e com leucoma, a cirurgia do transplante lamelar anterior profundo torna-se arriscada e pouco reprodutiva, onde parte dos casos pode complicar com perfuração da lamela residual. A técnica clássica foi proposta por Chen e colaboradores, evitando a cirurgia a céu aberto, reduzindo substancialmente o risco de complicações por descompressão como hemorragia expulsiva. Esta técnica inovadora apresenta algumas modificações em comparação ao modelo clássico. Após a perfuração inadvertida do leito residual estromal é colocado viscoelástico coesivo para preenchimento da câmara anterior. Para coaptar a perfuração do leito residual, faz-se necessário a manutenção de parte da córnea do receptor em forma de “V”. A córnea doadora (botão) é suturada na córnea receptora por meio de 3 pontos. Desta forma a córnea doadora pressiona o botão receptor em “V”, fechando a perfuração e permitindo que a câmara anterior mantenha-se formada e pressurizada, sendo realizada a retirada gradual do leito residual, evitando a descompressão repentina. Após três meses do transplante lamelar anterior profundo conduzido com a técnica evitando o “céu aberto” modificado, a córnea estava transparente, com boa contagem de células endoteliais e acuidade visual com melhor correção de 20/30.

Conclusão

A técnica descrita permitiu que o procedimento fosse realizado com mais segurança, evitando descompressão e complicações como a tão temida hemorragia expulsiva. Além disso, as suturas são realizadas com maior facilidade devido ao apoio do leito estromal residual, com melhor coaptação das bordas, melhor balanço de força entre as suturas e, portanto, melhor controle do astigmatismo.

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