Código
RC175
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Instituto Suel Abujamra
Autores
- ALEXANDRE ABDO ABUJAMRA (Interesse Comercial: NÃO)
- Guilherme Sabbag Stersa (Interesse Comercial: NÃO)
- Isabela Feltrin Romano (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ATROFIA CORIORETINIANA PARAVENOSA PIGMENTADA
Objetivo
Descrever um caso de Atrofia corioretiniana paravenosa pigmentada em uma paciente encaminhada ao nosso serviço devido a baixa acuidade visual e alterações fundoscópicas
Relato do Caso
Paciente do sexo feminino, 52 anos, natural e procedente de São Paulo, encaminhada para avaliação de baixa acuidade visual em olho esquerdo há 10 anos. Nega doenças sistêmicas, uso de medicação e cirurgias oculares. Na primeira consulta apresentava: Acuidade visual com correção:OD: 20/40, OE: 20/80 Pressão intraocular (PIO): 12/15 Biomicroscopia AO: Fácica, demais sem alterações Mapeamento de retina: OD: Do DN, estreitamento arteriolar leve, distúrbio pigmentar difuso, espículas ósseas em região nasal inferior. OE: Do DN, atrofia coriorretiniana, estreitamento arteriolar, distúrbio pigmentar com espículas ósseas acompanhando o trajeto vascular das arcadas.Foram solicitados: OCT, Retinografia e campo visual para avaliação e diagnóstico. Sorologias: negativas
Conclusão
A atrofia retinocoroideia pigmentada paravenosa (ARPP) é uma doença rara, de etiologia desconhecida, assintomática, caracterizada pela presença bilateral e simétrica de atrofia retinocoroideia distribuída ao longo das veias retinianas com mobilização variável de pigmento.Hipóteses apontam para etiologias: idiopática, genética, degenerativa, hereditária e inflamatória. Caso a patologia seja não inflamatória a doença é considerada primária, enquanto que inflamações associadas a ARPP é referida como secundária. Ocorre acúmulo de pigmento na forma de espículas ósseas, aglomerados de pigmentos grosseiros e distribuição perivenosa, normalmente estende-se do polo posterior em direção a periferia da retina. Os diagnósticos diferenciais incluem: sífilis, tuberculose, retinite por Citomegalovírus e necrose retiniana aguda, atrofia girata, estrias angióides, retinite pigmentar setorial, coroidopatia serpiginosa e sarcoidose.Atualmente não existe tratamento específico para a ARPP. A patologia tem uma evolução lenta e a visão é minimamente afetada, tendo portanto um bom prognóstico.