Código
RC217
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: OCULARE
Autores
- GUSTAVO ANACLETO LOURENCO COELHO (Interesse Comercial: NÃO)
- ANDRÉIA KARLA ANACLETO SOUSA (Interesse Comercial: NÃO)
- ALBERTO ANTUNES DOS SANTOS FILHO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
NEOVASCULOPATIA PAQUICOROIDE: RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar um caso de Neovaculopatia Paquicoroide
Relato do Caso
M.B.P.S., 47 anos, feminino, natural de São Paulo-SP, chega ao serviço com queixa de baixa acuidade visual em OE há aproximadamente 8 meses. Ao exame apresentava acuidade visual de 20/20 em OD e de 20/40 em OE. Trazia exames prévios, pois já tinha procurado outro médico. À Angiofluoresceinografia, apresenta alteração do EPR justafoveal com algumas drusas cuticulares em OD e descolamento seroso de mácula com mobilização do EPR em OE. Na fase com contraste, apresentava hiperfluorescência difusa de mácula com presença de hot-spots. A Indocianina Verde descartava uma Vasculopatia Polipoidal. No OCT, havia um espessamento macular em AO, com maior intensidade em OE, que também apresentava uma coroide espessada com Membrana Neovascular Subretiniana tipo 1. Paciente então recebeu o diagnóstico de Neovasculopatia Paquicoroide em OE. Foi então feita injeção de Ranibizumab em OE associada ao uso oral de Espironolactona 25mg/dia. Paciente retorna com 45 dias referindo melhora da AV em OE, que, ao exame, estava 20/25. Na consulta seguinte, feita 3 meses após a primeira injeção, tinha visão de 20/40 e paciente informava ter suspendido a medicação oral há 1 mês. Foram então feitas 3 injeções de Ranibizumab com intervalos médios de 60 dias, porém sem resposta ao tratamento. Foram feitas então 3 aplicações com Aflibercept em OE. A paciente retorna após o tratamento com grande melhora anatômica e funcional, com visão de 20/25 e membrana inativa.
Conclusão
A Neovasculopatia Paquicoroide é uma entendidade clínica do espectro das patologias da paquicoroide, onde há o espessamento dos vasos nessa região anatômica. O principal sintoma é a baixa de visão. A falta de conhecimento ou de exames complementares pode dificultar o diagnóstico preciso. O uso de antiangiogênicos tem sido a principal forma de tratamento para a patologia, mas percebemos bons resultados quando é feita associação com o uso da espironolactona oral. Necessita-se, entretanto, de pesquisas prospectivas randomizadas para melhor avaliação.