Código
RC032
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação Altino Ventura (FAV)
Autores
- DEBORAH FILGUEIRAS DE MENEZES VIGNERON (Interesse Comercial: NÃO)
- Rachel Filgueiras de Menezes (Interesse Comercial: NÃO)
- Sarah Filgueiras de Menezes Thé (Interesse Comercial: NÃO)
Título
SINDROME ENDOTELIAL IRIDOCORNEAL (ICE) EVOLUINDO COM SINDROME DE URRETS-ZAVALIA APOS TRANSPLANTE DE CORNEA LAMELAR
Objetivo
RELATAR O CASO DE UM PACIENTE COM SÍNDROME ICE, VARIANTE CHANDLER, SUBMETIDO A TRANSPLANTE DE CORNEA LAMELAR, EVOLUINDO COM PUPILA DILATADA FIXA
Relato do Caso
JSN, 38 ANOS, SEM COMORBIDADES E SEM HISTÓRICO FAMILIAR DE DOENÇAS OCULARES, DEU ENTRADA NO SERVIÇO COM QUEIXA DE BAIXA DA ACUIDADE VISUAL EM OLHO ESQUERDO PROGRESSIVA, COM PIORA NOS ULTIMOS MESES. AO EXAME, SUA MELHOR ACUIDADE VISUAL CORRIGIDA ERA DE 20/20 EM OLHO DIREITO (OD) E MOVIMENTO DE MÃOS (MM) EM OLHO ESQUERDO (OE). À BIOMICROSCOPIA, NÃO OBSERVOU-SE NADA DIGNO DE NOTA EM OD E EM OE CONJUNTIVA HIPEREMIADA, CORNEA COM EDEMA ESTROMAL 3+/4+, NEOVASOS PROFUNDOS INTRAESTROMAIS, CÂMARA ANTERIOR FORMADA, ÍRIS TRÓFICA. A PRESSÃO INTRAOCULAR ERA DE 11mmHg EM AMBOS OS OLHOS. À FUNDOSCOPIA EM OD E USG EM OE (QUE FOI REALIZADO DEVIDO DIFICULDADE DE VISUALIZAÇÃO POR EDEMA DE CÓRNEA) SEM ALTERAÇÕES. A PAQUIMETRIA MOSTROU ESPESSURA EM OD 572mm E OE 818mm E A MICROSCOPIA ESPECULAR EVIDENCIOU EM OD ENDOTÉLIO COM POLIMEGATISMO E PLEOMORFISMO LEVES E 2477 CÉLULAS/MM E OE COM PRESENÇA DE ICE CELLS, SEM POSSIBILIDADE DE REALIZAR CONTAGEM CELULAR. DIANTE DO QUADRO CLÍNICO DA PACIENTE E DOS EXAMES ACIMA DESCRITOS, CONFIRMOU-SE O DIAGNÓSTICO DE SÍDROME ICE, VARIANTE CHANDLER. OPTADO, JUNTO COM O PACIENTE, POR REALIZAÇÃO DE TRANSPLANTE DE CÓRNEA LAMELAR, DSEK (DESCEMET STRIPPING ENDOTHELIAL KERATOPLASTY). PACIENTE EVOLUIU NO PÓS OPERATÓRIO COM MIDRÍASE PARALÍTICA E AUMENTO DA PRESSÃO INTRAOCULAR SENDO PRESCRITO CORTICOTERAPIA TÓPICA E COLÍRIOS HIPOTENSORES. NA SEGUNDA SEMANA, APRESENTOU CONTROLE DA PIO MAS AINDA MIDRÍASE FIXA, SENDO PRESCRITO PILOCARPINA 2% DE 8/8 HORAS. NO TERCEIRO MÊS EVOLUIU COM MELHORA PARCIAL E DIMINUIÇÃO DA MIDRÍASE, LAMELA DE DSEK TÓPICA E ACUIDADE VISUAL DE 20/40.
Conclusão
A SÍNDROME DE URRETS-ZAVALIA APRESENTA ACHADOS OCULARES BEM DESCRITOS, PORÉM SUA FISIOPATOLOGIA AINDA É INCERTA. A ISQUEMIA IRIANA É O MECANISMO PROPOSTO MAIS COMUM. TÊM SIDO OBSERVADA APÓS TRANSPLANTES ENDOTELIAIS E A NORMALMENTE A MELHORA É PARCIAL MESMO COM TRATAMENTO PROPOSTO, COMO NO CASO DESCRITO.