Código
RC146
Área Técnica
Patologia Externa
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Naval Marcílio Dias
Autores
- THAISSA CRISTINA AFFONSO NAZARETH (Interesse Comercial: NÃO)
- Luiza Barcelos de Souza (Interesse Comercial: NÃO)
- Tania Cristina Moita Blanco (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RELATO DE CASO: PAPILOMA CONJUNTIVAL
Objetivo
relatar um caso de papiloma de conjuntiva bulbar em paciente de 79 anos, seu tratamento e evolução.
Relato do Caso
M.L.F.C., 79 anos, masculino, em 29/08/2017 comparece na emergência da clínica de Oftalmologia do Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD) com relato de “vermelhidão” no olho direito há 6 meses. Ao exame biomicroscópico do olho direito apresente conjuntiva hiperemiada 3+/4+, tumoração na conjuntiva bulbar em região nasal, com invasão da córnea, com presença de neovasos corneanos na topografia da lesão, cristalino cataratoso, sem sinais de infecção. Pressão intraocular normal e acuidade visual diminuída em ambos os olhos. Solicitados exames complementares que não demonstraram alterações. Em 28/09/2017 foi realizada biópsia excisional de lesão de conjuntiva bulbar em olho direito associada ao uso de quimioterápico Mitomicina. Laudo histopatológico confirmou papiloma conjuntival. Paciente mantém acompanhamento ambulatorial com melhora progressiva do quadro, não demonstrando sinais de recidiva até o presente momento.
Conclusão
papiloma é um tipo de tumor benigno da conjuntiva, com projeções epiteliais em forma de papilas ou verrugas, com baixa taxa de malignidade. Embora seja mais prevalente entre indivíduos do sexo masculino entre 20 e 39 anos de idade, o paciente relatado não se encontrava na faixa etária prevalente. Apesar da benignidade da lesão, o papiloma de conjuntiva frequentemente causa desconforto clínico ou estético devido à dimensão que adquire, sendo, em sua maioria, retirados cirurgicamente. Além disso, sua semelhança com carcinoma de células escamosas é indicativa de biópsia para elucidação diagnóstica. A recorrência do papiloma é frequente se a totalidade da lesão não for removida, sendo assim, visando diminuir a taxa de recidiva, terapêuticas adicionais devem ser utilizadas, como aplicação local do anti mitótico mitomicina. O paciente necessita de reavaliação em 5 dias, 1 mês e 1 ano após exérese da lesão, buscando monitorar o surgimento de novas lesões.