Código
P008
Área Técnica
Catarata
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
- Secundaria: Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Autores
- PATRICIA ASPERTI OTTAIANO (Interesse Comercial: NÃO)
- rafael farias borges (Interesse Comercial: NÃO)
- haroldo lucena bezerra (Interesse Comercial: NÃO)
- renato maia macchione (Interesse Comercial: NÃO)
- lorena botelho vergara fernandes (Interesse Comercial: NÃO)
- guilherme samomiya motta (Interesse Comercial: NÃO)
- francisco leite de almeida neto (Interesse Comercial: NÃO)
- Daniel Haruo Ishigai (Interesse Comercial: NÃO)
- Liara Nakamura Hirota (Interesse Comercial: NÃO)
- Lais Yumi Sakano (Interesse Comercial: NÃO)
Título
CATARATA CORTICONGENICA ASSOCIADA A CONJUNTIVITE ALERGICA
Objetivo
Relacionar a incidência de catarata em pacientes com conjuntivite alérgica ao uso de corticoteraria.
Método
Foi realizado um estudo retrospectivo em 104 olhos de 52 pacientes com hipótese diagnóstica de conjuntivite alérgica primaveril e atópica. No período entre janeiro de 2010 a dezembro de 2015, foram examinados pacientes no Centro de Referência em Oftalmologia (CEROF) localizado no Hospital Universitário Lauro Wanderley, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB
Resultado
Dos 52 pacientes estudados, 41 (78,8%) apresentaram conjuntivite primaveril e 11 (21,2%) conjuntivite atópica. Em relação ao gênero, 41 (78,8%) eram do sexo masculino e 11 (21,2%) do feminino. As idades variaram de 3 a 19 anos, com uma média de 9,8 anos. Quanto à distribuição raçial, 16 (30,8%) eram pacientes brancos, 14 (26,9%) eram negros e 22 (42,3%) eram pardos. Entre os pacientes com doença alérgica sistêmica observou-se que 25 (48,1%) apresentaram asma brônquica, 20 (38,5%) rinite alérgica e 5 (9,6%) dermatite atópica. Os principais sintomas relatados pelos pacientes foram: coriza (59,6%), prurido ocular (98,1%), ardor ou queimação (61,5%), lacrimejamento (65,3%) e fotofobia (61,5%). Os principais sinais clínicos foram: hiperemia ocular (100%), bilateralidade (100%), papilas no tarso (92,3%) e secreção mucosa (82,7%). O tempo médio de utilização de corticóide foi de 2,3 anos. Foi observado que 3 pacientes (5,8%) apresentaram catarata subcapsular posterior nos dois olhos após o uso crônico do corticosteróides.
Conclusão
A duração da terapia é diretamente proporcional a incidência de catarata, destacando-se como uma variável de maior importância do que a dose administrada. Fica evidente a relevância do seguimento oftalmológico de pacientes em uso de corticoterapia a longo prazo, a fim de detectar precocemente uma opacificação incipiente e possibilitar uma intervenção de forma rápida e eficaz. O seguimento criterioso pode evitar consequências graves como a perda de visão.