Sessão de Trabalhos Científicos - Apresentação Oral


Código

TL10

Área Técnica

Oftalmopediatria

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Fundação Altino Ventura (FAV)

Autores

  • EDSON HIDEKI NAKAHARA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Tiago Cavalcanti de Carvalho (Interesse Comercial: NÃO)
  • Marcelo Carvalho Ventura Filho (Interesse Comercial: NÃO)
  • Ana Núbia de O. Albuquerque (Interesse Comercial: NÃO)
  • Liviany Menezes (Interesse Comercial: NÃO)
  • Emily Sarit Pascal (Interesse Comercial: NÃO)
  • Adriana Lima Gois (Interesse Comercial: NÃO)
  • Camila Vieira Ventura (Interesse Comercial: NÃO)
  • Liana Oliveira Ventura (Interesse Comercial: NÃO)

Título

MANIFESTAÇOES VISUAIS E AUDITIVAS RELACIONADAS AO ZIKA VIRUS E DESFECHOS

Objetivo

Analisar manifestações visuais e auditivas relacionadas ao zika vírus em crianças, bem como fazer recomendações para avaliação das mesmas

Método

Estudo analítico de corte transversal que avaliou 67 crianças com IgM positivo para Zika Vírus nas amostras de líquido cefalorraquidiano. As avaliações clínicas foram feitas no Centro Especializado em Eeabilitação da Fundação Altino Ventura, em Recife-PE, entre agosto de 2015 e Junho de 2017. O exame oftalmológico compreendeu aferição de acuidade visual monocular e binocular, teste de motilidade ocular, refração sob cicloplegia, oftalmoscopia indireta e retinografias. A avaliação auditiva de todos os casos incluiu o teste de triagem auditiva neonatal (TAN), utilizando o teste de emissões otoacústicas transientes evocadas (TOAE) e Potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE/BERA). Crianças com déficits visuais ou auditivos foram encaminhadas para intervenção precoce.

Resultado

Um total de 67 crianças (32 do gênero masculino (47,8%)) foram incluídas. A idade média à época do Teste de acuidade visual com cartões de Teller foi 14.7 ±2.9 meses (intervalo: 8-21 meses) e no BERA foi 12.9 ±2.9 meses (intervalo: 6-20 meses). De 67 crianças testadas, 64 (94,1%) mostraram resposta anormal ao teste de Teller e 37 (55,2%) apresentavam anormalidades de retina e/ou nervo óptico. Vinte crianças (29,9%) não passaram em seu primeiro TOAE e 09 falharam ao reteste (12,8%). Do total de crianças examinadas, 07 (10,4%) apresentaram deficiência auditiva, sendo 04 afetadas bilateralmente e 03, unilateralmente. Todos os pacientes com TOAE e BERA alterados tinham microcefalia.

Conclusão

Déficits visuais e auditivos, de forma isolada ou em associação, podem estar presentes em crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus. Protocolos de triagem auditiva, incluindo TOAE e BERA, e oftalmológica devem sem empregados, para que a detecção de alterações seja feita de forma precoce, permitindo a prevenção ou redução das consequências adversas.

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