Sessão de Relato de Caso


Código

RC114

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Autores

  • BRUNO VIANA GONCALVES (Interesse Comercial: NÃO)
  • Alexandre Ricardo Abdel Fattah Martini (Interesse Comercial: NÃO)
  • Ana Filomena Buzolin Barbosa (Interesse Comercial: NÃO)

Título

SINDROME DE HORNER POS PUNÇAO VENOSA JUGULAR

Objetivo

O objetivo do caso é relatar a ocorrência de uma rara complicação neuroftalmológica da punção venosa central, bem como discutir seu desfecho e estratégias para minimizar sua ocorrência.

Relato do Caso

Paciente feminina, 4 anos, internada em unidade de terapia intensiva para manejo de pielonefrite e submetida a cateterização venosa profunda através de veia jugular esquerda. O procedimento foi indicado em virtude da dificuldade de acesso venoso periférico para administração de antibioticoterapia endovenosa. A obtenção do acesso foi realizada sem auxílio de ultrassom, com necessidade de múltiplas tentativas, porém sem complicações percebidas durante o procedimento. Após a punção, a paciente evoluiu com ptose da pálpebra superior esquerda e anisocoria que aumentava no escuro, evidenciando uma pupila esquerda em miose patológica. Teste com colírio de fenilefrina resultou em reversão da ptose e resposta simpática exacerbada da pupila. Foi solicitado estudo ultrassonográfico do sítio de punção para afastar lesão arterial com hematoma que justificasse o quadro, mas o exame não mostrou lesão aparente. O diagnóstico final foi de síndrome de Horner pós-punção venosa central devido a lesão iatrogênica direta da via simpática à esquerda. Adotada conduta expectante com retirada precoce do acesso venoso. No retorno, 14 dias após o início das queixas, paciente já não mais apresentava sinais ou sintomas, evidenciando regeneração da via simpática.

Conclusão

A síndrome de Horner pós-punção venosa central é uma complicação rara, que pode, no entanto, ser irreversível em alguns casos. Torna-se fundamental a adoção de estratégias para minimizar o risco de sua ocorrência, como o uso de ultrassonografia para guiar o procedimento, especialmente em casos difícieis, como nos pacientes pediátricos. A realização de múltiplas tentativas também aumenta a chance de sua ocorrência e é desaconselhada. Diante da ocorrência dessa complicação, observa-se que a retirada precoce do acesso parece aumentar a chance de regeneração nervosa, mas a evidência dessa recomendação é anedótica.

Promotor

Realização - CBO

Organização

Mais Eventos

Transportadora Aérea Oficial

Latam

Transportadora Terrestre Oficial

Shuttle

Agência de Viagens

Comunic Viagens

Agência Web

Sistema de Gerenciamento desenvolvido por Inteligência Web

Patrocinador Platina

Alcon
Novartis
Genon

Patrocinador Ouro

Johnson&Johnson

Patrocinador Prata

LATINOFARMA

Patrocinador Bronze

APRAMED
HOUSE OF VISION
Ofta
ZEISS

Apoio

SEDETUR

62º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

5 a 8 de setembro | Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso | Maceió | Alagoas | Brasil