Código
TL12
Área Técnica
Pesquisa Básica
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal de Goiás (UFG)
Autores
- ROBERTO MURILLO LIMONGI DE SOUZA CARVALHO (Interesse Comercial: NÃO)
- Carolina Bonfim de Paiva (Interesse Comercial: NÃO)
- Sebastião Alves Pinto (Interesse Comercial: NÃO)
- Ruy de Souza Lino Junior (Interesse Comercial: NÃO)
- Pedro Rassi (Interesse Comercial: NÃO)
- Allan Rassi (Interesse Comercial: NÃO)
- Marcos Ávila (Interesse Comercial: NÃO)
Título
“TERAPIA COM ANTI- FATOR DE CRESCIMENTO ENDOTELIAL VASCULAR (BEVACIZUMAB) PARA CICATRIZ EM MODELO EXPERIMENTAL DE FERIDA EM PALPEBRA DE COELHO”
Objetivo
O objetivo principal desse estudo foi avaliar histologicamente os efeitos do Bevacizumabe na cicatriz formada em modelo experimental de ferida na região periocular de coelhos. A hipótese seria se a diminuição do nível de VEGF poderia interferir histologicamente em cicatrizes já formadas e assim, possivelmente ser usado para tratar cicatrizes indesejáveis nesta área.
Método
Foram estudados nove coelhos albinos, da raça New Zealand. Cada coelho teve a aplicação da droga no canto externo das pálpebras do olho direito. O olho esquerdo serviu como controle (sem medicação). Cada coelho foi submetido a um corte linear com lâmina 15 de 1 cm de extensão , no canto externo da região periocular de cada olho. As feridas sofreram cicatrização espontânea sem suturas. Após um mês, foi aplicada a medicação no mesmo local da cicatriz formada, no tecido subcutâneo. Cada cicatriz recebeu 2.5 mg de Bevacizumab. Após 1 mês da aplicação, os coelhos foram sacrificados.
Resultado
Os grupo que recebeu o Bevacizumab mostrou cicatrizes menores menos quando comparados com o grupo de controle, como medido pelo índice de elevação de cicatriz (SEI). O SEI no grupo experimental foi 1.89±0.13, em comparação com 1.99±0.13 no grupo controle (n = 30, P = 0,005). A análise dos linfócitos e fibroblastos não revelou diferença significativa entre os grupos (p=0,157 e p= 0.461 respectivamente). A análise dos microvasos mostrou diferença significativa entre os dois grupos (p=0.026), apresentando menor número de microvasos por campo o gr
Conclusão
Conclui-se que o efeito do Bevacizumab é realmente expressivo na formação dos capilares na cicatriz e na diminuição do volume da mesma na região periocular. Embora não possa ser usado isoladamente no manejo de cicatrizes ao redor dos olhos, o Bevacizumab pode ser um importante aliado no arsenal terapêutico contra cicatrizes indesejáveis . Este estudo, até onde sabemos ainda inédito na literatura mundial, oferece evidências científicas para o uso de drogas anti-VEGF em cicatrizes na área peri-ocular.