Código
RC110
Área Técnica
Neuroftalmologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação Hilton Rocha
Autores
- TIAGO BRUM BRAGA GOMES (Interesse Comercial: NÃO)
- MARIA MERCEDES AMAYA GUTIERREZ (Interesse Comercial: NÃO)
- IZABELA CAMARGOS DE FIGUEIREDO NEVES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
PAPILEDEMA SECUNDARIO A TROMBOSE VENOSA CEREBRAL EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever um caso de papiledema em paciente jovem secundário a trombose venosa cerebral
Relato do Caso
M.F.S , masculino, 27 anos, estudante, procurou o serviço de urgência e emergência da Fundação Hilton Rocha devido a cefaléia holocraniana de intensidade progressiva associada a episódios de vômitos sem náusea e BAV em AO, havia uma semana, além de piora de estrabismo antigo. No momento do atendimento já havia sido submetido a avaliação com neurologista e TC de crânio, que até então não haviam constatado quaisquer alterações.Na história pregressa relatou estrabismo na infância com correção cirúrgica. Negou outras comorbidades ou uso de medicamentos. Ao exame, apresentava estrabismo convergente, AV sem correção 0.8 em OD e 0.6 em OE; biomicroscopia sem nenhuma alteração digna de nota; fundoscopia evidenciando disco óptico congesto com grande edema e velamento da vasculatura peripapilar bilateralmente, sugerindo papiledema. Foi realizado OCT de NO que detectou importante edema papilar em AO, tendo sido imediatamente encaminhado para serviço de referência em neurologia devido à gravidade do caso. Realizou angiorresonância encefálica que mostrou trombose venosa cerebral dos seios sigmóide e transverso à esquerda, corroborando a hipótese diagnóstica e levando a internação do paciente para tratamento. Recebeu alta com uso de anticoagulantes orais.Retornou ao nosso serviço seis meses após diagnóstico, com melhora da AV (1.0 sem correção em AO), quando foi então submetido a novo OCT de NO que evidenciou grande melhora do edema.
Conclusão
O papiledema é um dos tipos mais comuns de edema de disco óptico e se caracteriza por ser secundário ao aumento da pressão intracraniana. Por ser uma situação de risco à vida, este achado deve sempre motivar o médico oftalmologista a prosseguir imediatamente na investigação de quadro neurológico de base permitindo que o tratamento correto seja instituído o mais rapidamente possível, minimizando a chance de sequelas.