Sessão de Encontro com o Autor – Tema Livre (Pôster)


Código

P105

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Autores

  • MATHEUS SANTOS DE ALMEIDA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Karolyna Carvalho (Interesse Comercial: NÃO)
  • Henrique Moraes (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PREVALENCIA DE UVEITES EM UM HOSPITAL UNIVERSITARIO DO RIO DE JANEIRO

Objetivo

Analisar o padrão de apresentação clínica dos casos de uveíte atendidos no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) - UFRJ.

Método

Estudo retrospectivo, seccional e descritivo a partir da análise de prontuários e classificação dos pacientes atendidos entre 2014 e 2017 no Setor de Uveíte do HUCFF. A classificação foi realizada de acordo com idade, gênero, diagnóstico etiológico e clínico baseado no "Standardization of Uveitis Nomenclature”.

Resultado

Diante da análise parcial de 384 prontuários, observou-se 200 pacientes do sexo masculino (M) e 184 feminino (F) com idade média de 40,9 anos. Perante a classificação anatômica, 16 pacientes [6 M, 10 F] apresentavam esclerite, 148 [73 M, 75 F] uveíte anterior (UA), 12 [7 M, 5 F] uveíte intermediária (UI), 189 [107M, 82 F] uveíte posterior (UP) e 19 [7 M, 12 F] panuveíte (PU). Entre os pacientes com esclerite, 43,75% apresentavam esclerite anterior. Entre os com UA, 68,91% de causa idiopática, dentre outras como Artrite idiopática juvenil, Ceratouveíte herpética, Síndrome de Blau, Artrite reumatoide, Síndrome de Posner Schlossman e Hanseníase. Nos pacientes com UI, 8,33% com diagnóstico de Doença de Behçet e os demais idiopática. O grupo com UP, 61,37% apresentavam Toxoplasmose, e os demais distribuídos entre Toxocaríase, Tuberculose ocular, Sífilis, Sarcoidose, Doença de Behçet, Arterite de Takayassu, Arbovirose, BDUMP, CAR, Doença da arranhadura do gato, DUSN, Epitelite pigmentar aguda, idiopática, neurorretinite, necrose retiniana aguda, pós-facectomia, retinite herpética e white-dot. Por fim, na panuveíte, 84,21% Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada e 15,79% Endoftalmite.

Conclusão

No Brasil, os casos de uveítes representam a segunda maior causa de diminuição da acuidade visual em clínicas oftalmológicas. Portanto, é de grande valia e necessidade a identificação do perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no setor de uveíte, aprimorando a abordagem diagnóstica e terapêutica em busca de bons prognósticos visuais.

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