Código
P046
Área Técnica
Epidemiologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação de Ciência e Pesquisa Maria Ione Xerez Vasconcelos (FUNCIPE)
Autores
- AMANDA ALEXIA RODRIGUES VIEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- SUSYANA LIMA DE OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- CARLA FERREIRA DE ASSIS (Interesse Comercial: NÃO)
- JACOB TEIXEIRA ATALLAH (Interesse Comercial: NÃO)
- ANTONIO ITALO BEZERRA BONFIM (Interesse Comercial: NÃO)
- JAILTON VIEIRA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
CONJUNTIVITE VIRAL EM FORTALEZA: A CARACTERIZAÇAO DE UM SURTO EPIDEMICO
Objetivo
Caracterizar epidemiologicamente um surto de conjuntivite viral, ocorrido de Janeiro a Março de 2018 em Fortaleza, Ceará.
Método
Estudo transversal, com pacientes com conjuntivite, atendidos na Unidade de Urgência da Fundação de Ciência e Pesquisa Maria Ione Xerez Vasconcelos (FUNCIPE), único serviço 24h, do estado, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Utilizado um instrumento contendo 10 itens, foi aplicado durante a consulta.
Resultado
Um total de 318 pacientes participaram, sendo 59% do sexo feminino. Cerca de 77% dos entrevistados eram adultos jovens (21 a 59 anos), apenas 17% tinham abaixo de 20 anos, e 6% acima de 60 anos. Cinquenta por cento possuíam o ensino médio e 20%, o ensino superior. Sem nenhum grau de alfabetização apenas 1,6%. Mais de 80% apresentava renda familiar de até três salários mínimos, apenas2% ganhavam acima de 5 salários. Dois terços dos pacientes, conviviam em domicílio com 3 ou mais pessoas. Quando questionados sobre a lavagem frequente das mãos, 80% responderam afirmativamente. Um quarto dos pacientes faziam uso com frequência de álcool gel nas mãos, e a grande maioria não compartilhava o uso de toalhas. Automedicação foi vista em quase metade dos casos (46%), sendo principalmente por colírio lubrificante e vasoconstritor; O uso de antibiótico ocorreu em somente 10% dos casos. Sobre o local de onde provinham os casos, houve uma distribuição equivalente entre as regionais de saúde da cidade, com exceção da regional correspondente ao centro, que obteve a mais baixa frequência de casos.
Conclusão
O adulto jovem, classe social média baixa, com educação de nível médio, que convive em família e que com frequência se automedica, é o perfil do paciente suscetível ao surto epidêmico. Não houve associação com falta de higiene. Com exceção da região do centro da cidade de Fortaleza, os casos ocorreram com distribuição homogênea nas diferentes áreas da cidade.