Código
RC210
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital de Olhos de Feira de Santana (CLIHON)
Autores
- CRISTIANE BAHIANA CRUZ (Interesse Comercial: NÃO)
- HERMELINO LOPES OLIVEIRA NETO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
MACROVASO RETINIANO CONGENITO – RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever um caso de macrovaso retiniano congênito.
Relato do Caso
Paciente I.G.L., 59 anos, sexo feminino, natural e procedente de Feira de Santana – BA, compareceu em mutirão para atendimento de pacientes diabéticos, a despeito de negar HAS, DM ou outras comorbidades. Ao exame oftalmológico, apresentava AV C/C de 20/20 em ambos os olhos, e biomicroscopia sem alterações. À fundoscopia, foi observada no olho esquerdo a presença de vaso de grande calibre, com trajeto descendente a partir da arcada temporal superior em direção a região macular, alcançando a zona foveal central. A angiografia fluoresceínica em sua fase venosa precoce demonstrou a presença de fluxo laminar nas paredes da veia temporal superior, enquanto suas tributárias apresentavam-se preenchidas – sugerindo presença de anastomoses arterio-venosas perifoveais. Já ao exame de OCT, foram evidenciados feixes de sombreamento posterior, provocados pela presença dos ramos do macrovaso distribuindo-se pela região macular central.
Conclusão
Os macrovasos retinianos congênitos consistem em uma rara anomalia vascular, descrita por Mauthner pela primeira vez em 1869, e definida por Brown em 1982 como vasos de grande calibre, geralmente veias, que atravessam a região macular central e cruzam a rafe média horizontal, com quadro clínico assintomático. São descritos como achados na maioria das vezes incidentais e raros – estima-se que sua prevalência seja em torno de 1/200.000. O quadro típico desta rara condição é de acometimento unilateral, evolução estável e excelente prognóstico visual.