Sessão de Encontro com o Autor – Tema Livre (Pôster)


Código

P074

Área Técnica

Oftalmopediatria

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Unifesp

Autores

  • ANA PAULA SILVERIO RODRIGUES (Interesse Comercial: NÃO)

Título

AVALIAR A EPIDEMIOLOGIA DAS CRIANÇAS OPERADAS DE CATARATA EM UM CENTRO DE REFERENCIA NO ESTADO DE SAO PAULO

Objetivo

Avaliar a epidemiologia das crianças operadas de catarata em um centro de referência, assim como avaliar tempo de demora para o diagnóstico de catarata, teste do reflexo vermelho como auxílio diagnóstico mais precoce em bebês com catarata congênita.

Método

Estudo observacional de corte transversal em crianças operadas de catarata no Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da UNIFESP, entre 2012 e 2015. Os seguintes dados foram coletados: data de nascimento, sexo, olho operado, data do primeiro atendimento, principal queixa, se foi realizado o Teste do Reflexo Vermelho (TRV), antecedentes pessoais, oculares e familiares, presença de estrabismo e nistagmo, morfologia da catarata, data da cirurgia. Os dados foram analisados descritivamente.

Resultado

Foram analisados 243 olhos operados. Observaram-se participações similares entre os sexos. As crianças operadas, foram atendidas pela 1a vez aos 49,9 meses, a média de idade na cirurgia nas crianças foi de 65,7 meses. O tempo médio entre o diagnóstico e cirurgia foi de 14,9 meses. Nos bebês operados até 1 ano de idade, verificou-se que a lateralidade foi semelhante (p=1,000). Um terço das crianças com até 1 ano no momento da cirurgia não apresentaram informações sobre realização do TRV. Dentre aquelas que realizaram o TRV, 28,0% apresentaram resultados alterados. A média do tempo até a cirurgia em olhos dos bebês foi de 5,6 meses.Analisando-se o tempo até a cirurgia em olhos de crianças que realizaram o TRV, não se verificou diferenças de médias entre aqueles que apresentaram resultados normais ou alterados (p=0,926). 20% das crianças possuiam história familiar, 11,9% foram prematuras e 9,5% apresentavam Síndrome de Down. Ao exame cerca de 24,2% das crianças apresentaram nistagmo e os tipos morfológico mais comum: total, lamelar, e nuclear.

Conclusão

As crianças operadas foram atendidas com a idade de 4 anos e operadas aos 5 ano, sem preferência de lateralidade nos bebês. O nistagmo presente demonstra diagnóstico tardio. Poucos bebês apresentavam informações do TRV, e os que apresentavam, não foram operados mais rápido.

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