Código
RC255
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: SOL SERVIÇOS DE OFTALMOLOGIA S/S
Autores
- LUCAS DE ANGELIS RUBIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- CAMILLE CATARINA ARTUSO DE HUNGRIA (Interesse Comercial: NÃO)
- LUIZ GUSTAVO TONELLI REGIS (Interesse Comercial: NÃO)
Título
UTILIZAÇAO DA TECNICA DE YAMANE PARA REPOSICIONAMENTO E FIXAÇAO ESCLERAL DE LENTE INTRAOCULAR
Objetivo
Relatar um caso de pós-peratório com deslocamento de lente intraocular, corrigido satisfatoriamente com técnica inovadora de fixação transconjuntival intraescleral.
Relato do Caso
N.S.M, 24 anos, história de trauma com fogos de artifícios em olho direito (OD) aos 10 anos de idade, apresentando grave baixa da acuidade visual (BAV). Ao exame oftalmológico teve acuidade visual (AV) de Movimentos de Mãos em OD e 20/20 em olho esquerdo (OE). Na biomicroscopia em OD, presença de leucomas ponteados diversos na córnea e pigmentos ferruginoso estromais inferiores, câmara ampla, e catarata traumática total. A fundoscopia, difícil visualização devido opacidade de meios. Em OE biomicroscopia e fundoscopia sem alterações. Foi realizado USG e OCT, que não evidenciaram descolamento de retina, com nervo óptico e mácula dentro dos limites da normalidade. Foi indicado ato cirúrgico, onde durante o procedimento cirúrgico viu-se a possibilidade de implantação da lente intraocular (LIO) no sulco írido-lenticular, sendo o procedimento realizado, e seguido de capsulotomia posterior com vitreófago para liberar o eixo visual. Após 08 dias de operado, evoluiu com deslocamento nasal inferior da LIO. Foi então realizada nova vitrectomia com técnica de fixação transconjuntival intraescleral da LIO, descrita por YAMANE S. ET AL. (2017). Foram realizadas duas incisões paralelas angulares ao limbo, com agulha de 27 gauges. Os hápticos da lente de 7mm foram exteriorizados com as agulhas, cauterizados, empurrados de volta e fixados no túnel escleral. Após 60 dias da reabordagem, o paciente mostrou-se com AV de 20/100, bom sítio cirúrgico, pontos fixos e LIO apresentando boa centralização e posicionamento.
Conclusão
O uso da técnica de fixação transconjuntival intraescleral da LIO mostrou-se eficaz, sendo uma maneira simples e minimamente invasiva para boa fixação da LIO com hápticos firmes.