Código
RC139
Área Técnica
Oncologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: HOSPITAL SANTO AMARO
Autores
- LUIZ FELIPE FONTELLA SOUZA (Interesse Comercial: NÃO)
- LORENA DINIZ OLIVEIRA XAVIER (Interesse Comercial: NÃO)
- NÍDIA MORGADO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
REMOÇAO DE TUMOR PALPEBRAL COM RECONSTRUÇAO DE PALPEBRA INFERIOR. A PEREGRINAÇAO DEVIDO O SUS.
Objetivo
Relatar o caso de um tumor de pálpebra inferior que demorou aproximadamente 1 ano para seu diagnóstico e tratamento definitivo. Necessitou de reconstrução anatômica posteriormente
Relato do Caso
JSL, masculino, 47 anos, pardo, agricultor, tabagista e etilista crônico, procedente de Guarujá-SP. No dia 24/04/2015 , com prurido e secreção purulenta em pálpebra inferior do olho esquerdo. Ao exame:Acuidade visual (AV) 20/25 sem correção em ambos os olhos (AO), córnea íntegra, extensa área em pálpebra inferior medial com exposição subcutânea, retração palpebral inferior com metaplasia epitelial e exposição escleral inferior, presença de secreção purulenta em toda região. Foi iniciado tratamento com cefalexina por 10 dias, Regencel pomada 6/6, colírio lubrificante e higiene local diária. Apresentou melhora parcial dos sintomas. Realizado Biópsia da lesão, exérese incisional. Resultado da biópsia(06/08/2015), Carcinoma Epidermóide Grau II, infiltrando tecido fibroso, margens cirúrgicas não avaliáveis. Paciente encaminhado para Hospital Santa Casa de Santos, referenciado ao serviço de Oncologia e Cirurgia plástica. No dia 17/03/2016, foi realizado exérese de tumor de PI, mais reconstrução com retalho em Mustarde.No pós operatório tardio: AV 20/25 sem correção em AO, com diplopia,ausência de PI, simbléfaro em região inferior limitando movimentação ocular. Dia 27/03/2018 foi realizado correção de simbléfaro com enxerto de mucosa oral, mais reconstrução palpebral com enxerto de cartilagem autóloga de concha de orelha e retalho palpebral superior por transposição.
Conclusão
A exérese apresenta-se como principal e excelente opção terapêutica para o câncer de pele não melanoma em estádio inicial. A precocidade diagnóstica e terapêutica determina o melhor prognóstico para o paciente. Nesse caso o paciente demorou 11 meses após primeira consulta para realizar o tratamento definitivo, exérese do tumor. Isso ocorreu devido ausência de serviço especializado na cidade de origem e precário serviço de referência e contra-referência disponibilizado pelo SUS