Sessão de Relato de Caso


Código

RC106

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte

Autores

  • RAFAELLA CALVANO SANCHES (Interesse Comercial: NÃO)
  • Rafael David Vargas (Interesse Comercial: NÃO)
  • Lina Porto Hermeto (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEUROPATIA ÓPTICA ISQUÊMICA ANTERIOR ( NOIA) SECUNDARIA A VASCULITE NECROTIZANTE POR GRANULOMATOSE DE WEGENER

Objetivo

Descrever caso de Neurite Óptica Isquêmica Anterior atendido no Serviço de Urgência da Santa Casa de Belo Horizonte e sua condução multidisciplinar para diagnóstico e terapêutica.

Relato do Caso

MCS, feminino, 65 anos, hígida, atendida com queixa de baixa acuidade visual súbita olho direito (OD) de 3 dias de evolução, associada a cefaleia temporal, hipoacusia, febre e tosse crônica. Ao exame, OD sem percepção à luz e leve borramento de disco óptico. Solicitadas RNM de crânio, sugerindo processo desmielinizante, e exames infecto-reumatológicos, sem alterações. Após avaliação neuroftalmológica, optou-se por internar para 05 dias de pulsoterapia, como hipótese de Arterite temporal. Não houve melhora após tratamento. Durante internação iniciou-se propedêutica pulmonar, o RX e TC de tórax evidenciaram massa pulmonar em ápice direito, como acometimento neoplásico primário. Assim, a principal hipótese tornou-se Neurite Óptica secundária (Síndrome Paraneoplásica). Após biópsia de massa que demonstrou processo fibroinflamatório sem malignidade, a Reumatologia propôs avaliação de níveis de IgG (IgG4 13.200, valor de referência até 2010 ui/ml) aventando hipótese de Doença do Depósito de IgG4. Porém, imunohistoquímica da biópsia apresentou alterações compatíveis com vasculite necrotizante, sendo fechado o diagnóstico de NOIA secundária a vasculite, provável Granulomatose de Wegener. Foi iniciado tratamento com Prednisona 40mg/dia, com melhora de hipoacusia e tosse, mas persistência de amaurose. Em posterior avaliação oftalmológica, nervo óptico OD com palidez difusa. Paciente recebeu alta hospitalar, em acompanhamento reumatológico.

Conclusão

Assim como diversas vasculites, a Granulomatose de Wegener possui amplo espectro de acometimento sistêmico, se mostrando um desafio diagnóstico, visto que diversas hipóteses foram aventadas durante a propedêutica. A condução multidisciplinar do caso foi essencial para o diagnóstico e tratamento corretos, possibilitando acompanhamento de perto da doença e assim, evitando maiores morbidades.

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