Código
RC259
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Instituto Brasileiro de Assistência e Pesquisa
Autores
- RODRIGO SCHWARTZ PEGADO (Interesse Comercial: NÃO)
- Letícia Yuki Watanabe Lima Duarte Figueiredo (Interesse Comercial: NÃO)
- Cristiane Rebello Gomes de Souza Fontes (Interesse Comercial: NÃO)
Título
VOGT-KOYANAGI-HARADA E ALTERAÇÕES SISTÊMICAS: RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar o caso de uma paciente portadora de VOGT-KOYANAGI-HARADA com diagnóstico e instituição do tratamento precoce.
Relato do Caso
RSF - 25 anos, natural de Niterói - RJ , comparece a consulta referindo baixa acuidade visual súbita e progressiva bilateral ha uma semana. Sem história prévia significativa. Ao exame oftalmológico: AV sem correção: OD 20 / 60 - OE 20 / 400 não aceitando correção Tonometria: OD: 19 mmHg OE: 20 mmHg as 13:00h Biomicroscopia: presença de precipitados ceráticos tipo "mutton fat". Sem reação de câmara anterior e sem alterações extraoculares. Fundoscopia: Apresenta fundus sunsetglow, discreto edema de papila bilateral, descolamento seroso da retina neurosensorial bilateral macular. Angiografia: Mostrando edema de papila bilateral, áreas de hipoperfusão coroidea com múltiplos pontilhaços hiperfluorescentes a nível do EPR com pooling subretiniano multilobular no espaço subretiniano. OCT: DRE com septus subretinianos e dobras na coróide. Doenças infecciosas foram descartadas. Iniciado o tratamento intra hospitalar através de pulsoterapia com metilpredinisolona. Após 7 dias de tratamento paciente retorna apresentando AV C/C OD 20 /40 OE 20 / 30
Conclusão
Vogt Koyanagi Harada é uma síndrome rara, multissistêmica, mais prevalente no sexo feminino de raça pigmentada como hispânicos e japoneses entre a 2ª e 5ª décadas de vida. Tem associação com HLA-DR1 E HLA-DR4 (subtipos 04 e 05), com patogênese desconhecida as teorias se dão a reação autoimune mediadas por células T contra um ou mais antígenos associados a melanócitos, melanina e o EPR como o atores mais importantes na doença. O achado ocular mais característico é o descolamento de retina exudativo multifocal. O diagnóstico é baseado na apresentação clínica e angiográfica do paciente. Tratamento realizado com administração de corticóide sistêmico e medicamentos imunossupressores.