Código
P077
Área Técnica
Oftalmopediatria
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: OCULARE
Autores
- THAISA DE BARROS COSTA LOUREIRO (Interesse Comercial: NÃO)
- DANIELA LYRA (Interesse Comercial: NÃO)
- HELDER SANTANA (Interesse Comercial: NÃO)
- ABDORAL GOMES LIMA NETO (Interesse Comercial: NÃO)
- ANDRÉIA KARLA ANACLETO SOUSA (Interesse Comercial: NÃO)
- ANA LINDAURA CALLOU AUGUSTO (Interesse Comercial: NÃO)
- MAYRA NEVES MELO CARNEIRO (Interesse Comercial: NÃO)
- ANA FRANTE HOLANDA PINTO VASCONCELOS (Interesse Comercial: NÃO)
- ANDRÉ GUSMÃO (Interesse Comercial: NÃO)
- GUSTAVO ANACLETO LOURENÇO COÊLHO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RETINOPATIA DA PREMATURIDADE X HEMORRAGIA PERI-INTRAVENTRICULAR
Objetivo
Analisar uma possível associação entre retinopatia da prematuridade (ROP) e hemorragia peri-intraventricular (HPIV), em recém-nascidos (RNs) na Maternidade Escola Santa Mônica, em Maceió-AL, no período de Março de 2016 a Março de 2017
Método
Estudo transversal incluindo recém-nascidos com peso <1500g, idade gestacional <32 semanas ao nascimento e uso de oxigênio, nascidos na Maternidade Escola Santa Mônica, em Maceió-AL, no período de Março de 2016 a Março de 2017. Foram realizados exames de fundo de olho sob oftalmoscopia binocular indireta com indentação escleral; e ultrassom de transfontanela, utilizando-se ecógrafo da GE LOGIC P6, com transdutores de 5 a 10 MHz, inicialmente nos 1 e o 4 dias de vida.
Resultado
Foram analisados 100 recém-nascidos prematuros. Incluídos, neste estudo, 67 (67%) recém-nascidos que apresentavam fatores de risco para ROP, como peso inferior a < 1500g, idade gestacional < 32 semanas e uso de oxigênio. Foi utilizada a classificação de Papille, a qual classifica HPIV em quatro graus, de acordo com a extensão desta. Dos 67 RNs incluídos, 15 (22,38%) RNs tiveram HPIV. Destes, 7 (10,44%) RNs desenvolveram ROP e hemorragia em estadiamento severo (HPIV graus III ou IV); e 8 (11,93%) RNs desenvolveram hemorragia menos severa (HPIV graus I ou II), sendo que 6 (8,95%) cursaram com ROP e 2 (2,97%) não apresentaram ROP. Por conseguinte, dos 15 (100%) RNs com HPIV, 13 (86,66%) apresentaram concomitância do ROP com HPIV e 2 (13,33%) seguiram sem ROP.
Conclusão
Conclui-se que é frequente a ocorrência de HPIV em RNs prematuros que apresentaram fatores de risco para ROP. Houve correlação estatisticamente significante da ocorrência de HPIV em pacientes portadores de ROP. Sendo assim, faz-se importante um programa de triagem neonatal para detecção e tratamento precoce da ROP; e acrescer o exame ultrassonográfico, que se mostrou eficaz no diagnóstico, devendo ser utilizado como rotina. Tudo afim de prevenir a cegueira infantil evitável.