Sessão de Relato de Caso


Código

RC140

Área Técnica

Oncologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PERNAMBUCO

Autores

  • LIDIA GUEDES BEZERRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • VIRGINIA LAURA LUCAS TORRES (Interesse Comercial: NÃO)
  • MARIA ISABEL LYNCH GAETE (Interesse Comercial: NÃO)

Título

RETINOBLASTOMA INFILTRATIVO DIFUSO: RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever caso de retinoblastoma infiltrativo difuso em criança de 07 anos do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE).

Relato do Caso

Paciente feminina, 07 anos, encaminhada por quadro de desvio ocular à esquerda há 02 meses e leucocoria há 20 dias. Olho direito (OD) sem alterações. No olho esquerdo (OE) apresentava acuidade visual de ausência de percepção luminosa, celularidade densa e arredondada depositada em câmara anterior, neovascularização iriana e descolamento retiniano total (DR). Ultrassonografia evidenciou DR espesso com cistos e ausência de calcificações ou nódulos. Ressonância magnética de crânio demonstrou descolamento dos folhetos retinianos com captação do contraste, sem outras alterações. A hipótese clínica foi de retinoblastoma infiltrativo difuso confirmada pelo anátomopatológico do globo ocular enucleado que evidenciou células de núcleos hipercromáticos, pouco diferenciado, com ausência de rosetas e de infiltração do nervo óptico e tecidos esclerais.

Conclusão

O retinoblastoma infiltrativo difuso (RID) é raro e corresponde a 1,4% de todos os retinoblastomas. Esta forma se apresenta mais tardiamente que a forma típica, sendo a maioria unilateral e esporádica. Pseudoinflamação é um sinal de apresentação comum, sendo o pseudohipópio um sinal sugestivo. Anatomicamente caracteriza- se por infiltração difusa das camadas retinianas, ausência de calcificação e de lesão tumoral. Os achados ultrassonográficos incluem descolamento e espessamento de retina, além de hiperecogenicidade inespecífica do vítreo. Muitas doenças podem simular o RID, principalmente Coats e toxocaríase, constituindo um desafio diagnóstico para o oftalmologista. O retinoblastoma deve ser incluindo no diagnóstico diferencial de qualquer leucocoria na infância mesmo em faixa etária mais avançada. Exames complementarem podem ser de auxílio diagnóstico.

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