Código
P015
Área Técnica
Cirurgia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Departamento de oftalmologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
- Secundaria: Universidade Anhembi Morumbi
Autores
- JULIANA ISHII IGUMA (Interesse Comercial: NÃO)
- DANIEL HARUO ISHIGAI (Interesse Comercial: NÃO)
- CAMILA ISHII IGUMA (Interesse Comercial: NÃO)
- RICHARD YUDI HIDA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
TAXAS DE RECIDIVA A LONGO PRAZO DAS DIFERENTES TECNICAS CIRURGICAS DO PTERIGIO PRIMARIO: REVISAO SISTEMATICA
Objetivo
Avaliar a taxa de recidiva nas diferentes técnicas cirúrgicas do tratamento cirúrgico do pterígio primário após 12 meses de pós-operatório
Método
Foi realizada revisão sistemática da literatura sobre recidiva de pterígio primário por meio de busca eletrônica no PubMed e SciELO. Foram incluídos na análise clinical trials randomizados e estudos retrospectivos, publicados entre janeiro de 1991 e janeiro de 2018, com mais de 40 olhos e ao menos 12 meses de seguimento.
Resultado
Foram incluídos 31 estudos, com 3187 olhos. Exérese de pterígio com esclera nua (EN) apresentou taxa de recidiva média de 50.72% dos casos, que se reduz a 12,60% com uso de MMC. Quando associada à mitomicina e triancinolona, obteve taxa de 11.11%. O transplante conjuntival autólogo (TCA) fixado com sutura recidivou em 7.43% dos casos, e com uso de adjuvantes como bevacizumab, triancinolona e doxorrubicina, cai para 2.57%. Da mesma forma, o emprego de cola biológica para a fixação do TCA apresenta pequena taxa de recidiva, estimada em 5.66%. Outras técnicas como TCA seguido de eletrocauterização ou autocoagulação, também obtiveram bons resultados com relação à recidiva. O recobrimento com membrana amniótica apresentou recidiva média de 9,89%.
Conclusão
Ao longo dos 12 primeiros meses de pós-operatório, o transplante conjuntival autólogo com sutura conjuntival e uso de mitomicina foi a técnica com menores taxas de recidiva, enquanto que a técnica com maiores taxas foi a de esclera nua sem uso de adjuvantes. Estudos com maior casuística e tempo de seguimento, a padronização de técnicas e critérios para diagnóstico e classificação podem melhorar a qualidade da evidência a ser produzida no futuro.