Código
RC211
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Autores
- ANDREA LINS TAVARES VIEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- Isabella Wanderley de Queiroga Evangelista (Interesse Comercial: NÃO)
Título
MACULOPATIA DA FOSSETA DE DISCO OPTICO: QUANDO TRATAR?
Objetivo
Relatar caso de maculopatia da fosseta de disco óptico com boa acuidade visual
Relato do Caso
J.F.S., 59 anos, feminino, encaminhada para avaliação de buraco macular em olho esquerdo (OE). Referia baixa acuidade visual em ambos os olhos, pior em OE. A acuidade visual corrigida para longe era de 1,0 em olho direito (OD) e de 0,8 em OE. Motilidade ocular extrínseca, reflexos pupilares, segmento anterior e pressão intraocular normais em ambos os olhos. Na fundoscopia, o OD apresentava algumas drusas em mácula e o esquerdo, fosseta em região temporal do disco óptico com cistos retinianos em mácula. A tomografia de coerência óptica (TCO) em scan horizontal de mácula evidenciava camada externas das retina preservadas e perfil retiniano elevado pela presença de espaços hiporrefletivos separando as camadas internas da retina. Diante da boa acuidade visual do olho afetado e da ausência de descolamento seroso da retina, optou-se por conduta conservadora, com consultas periódicas para acompanhamento. A paciente vem mantendo a acuidade visual.
Conclusão
A fosseta de disco óptico (FDO) é uma depressão unilateral no segmento inferotemporal do disco óptico, com incidência de 1:11.000, sendo congênita ou adquirida. Pode causar descolamento de retina e diminuição da acuidade visual, com mau prognóstico. Fotocoagulação à laser das margens da fosseta e vitrectomia posterior via pars plana com tamponamento com gás associada, ou não, à fotocoagulação vem sendo propostas para a abordagem do descolamento macular, com resultados controversos. Para pacientes com boa acuidade visual e ausência de descolamento da retina, a conduta conservadora com acompanhamento periódico deve ser uma opção a ser considerada.