Código
RC006
Área Técnica
Catarata
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Oftalmológico do Interior Paulista
Autores
- FILIPE MOREIRA DE ARAUJO (Interesse Comercial: NÃO)
- Pedro Hueb (Interesse Comercial: NÃO)
- Tácio Freire (Interesse Comercial: NÃO)
Título
FRAGMENTO DE CATARATA NUCLEAR RESIDUAL, REATIVADO 2 ANOS APOS FACO, EM PACIENTE REUMATOLOGICO.
Objetivo
Relatar importância da influência sistêmica no pré e pós-operatório de cirurgia de catarata.
Relato do Caso
T. P. S, feminina, 62 anos, branca. Comparece em nosso serviço com quadro de dor, irritação ocular e fotofobia em OE há 2 meses, sem associação a fatores de melhora ou piora. Nega trauma. Procurou atendimento médico no início dos sintomas, sendo receitados Travoprosta e Mydriacil. Há um mês passou em consulta oftalmológica, onde foram suspensos os colírios previamente receitados pelo clínico, e iniciado PredFort. AP: HAS há 35 anos; Hemorragia intraocular OE Há 20 anos (sic); AIT há 12 anos; AR há 6 anos (usou metrotrexato 10mg 2x/semana e prednisona 5mg por 5 anos, interrompendo ambos por conta própria há 10 meses). AO: FACO AO há 2 anos em outro serviço. AVcc: OD: 20/50 e OE: 20/120 Bio: OD: Olho calmo, LIO tópica, OCP 3+ OE: Injeção ciliar, neovasos perilimbares (maior em região de incisão nasal superior), edema de córnea 2+, dobras de descemet 1+, RCA 3+, CAF, fragmento nuclear de catarata em CA, às 5h, medindo 0,5 x 1,0mm (pigmentado em sua face anterior), reflexo fotomotor preservado; LIO tópica, OCP 1+ FO: OD: Cicatriz de retinocoroidite temporal ao disco, seca; retina aplicada. OE: Disco e mácula sem alterações, cruzamentos AV patológicos, fundoscopia prejudicada por opacidade de meios. Conduta: Retirada de fragmento de CA, sem intercorrências; prescrito vigadexa de 1/1h e prednisona 40mg/dia VO. Retorno em 7 dias. 7º PO: Assintomática. AVcc OD: 20/50 e OE: 20/100 Bio OE: Hiperemia conjuntival 2+, edema de córnea 1+, dobras de descemet 1+, RCA 1+.
Conclusão
O controle fino das patologias sistêmicas, em especial aquelas em que há imunossupressão e modulação como diretriz de tratamento, é vital para se evitar complicações pré e pós operatórias. A modulação e supressão imunológica buscada na abordagem da Artrite Reumatóide é relevante para a condução pós-operatória, já que a reativação do sistema imulogógico a longo prazo pode deflagrar uma complicação (fragmento residual de catarata) que mais comumente se mostra a curto prazo.