Título

DWEK (DESCEMETORHEXIS WITHOUT ENDOTHELIAL KERATOPLASTY)

Objetivo

Relato de caso e os resultados clínicos e de exames complementares da tecnica de DWEK. Evidenciar melhora da anatomia e contagem celular endotelial, com microscopia confocal e especular. Mostrar os resultados de exames de superfície anterior e posterior e paquimetria da córnea com o método de Scheimpflug.

Relato do Caso

Paciente de 61 anos, sexo feminino, com queixa de baixa de visão pela manhã. Ao exame oftalmológico apresentava acuidade visual (AV) sem correção (SC) em ambos os olhos (AO) de 20/50. Na biomicroscopia apresentava córnea transparente, guttata de 3+/4+, com edema +/4+ e catarata nuclear 2+/4+ (AO). Foi realizado cirurgia de facoemulsificação (FACO) com implante de lente intraocular (LIO) e DMEK em OD. No 9 dia de pós operatório apresentou acuidade visual sem correção de 20/25. Nesse período, relatou piora da visão em OE, com AV SC 20/80. Indicado FACO + LIO e DWEK em OE. No 7 pós operatório apresentava AV SC OE Conta dedos 2 metros. No 45 dia de pós operatório, a paciente apresentou, com refração de +1.5 dioptrias esféricas (DE) com -1.00 Dioptria cilíndrica (DC) a 95, AV de 20/40. No pos operatório de 3 meses, a paciente apresentava refração +1.00 DE -1.00 DC a 90, com AV de 20/25.

Conclusão

A distrofia de Fuchs é uma das principais indicações de transplante de córnea no mundo. O diâmetro ideal da descemetorrexis é entre 4 e 4.5mm, e evitar o trauma estromal. Os pacientes necessitam de boa contagem endotelial periférica, para promover a repovoamento celular central. O resultado dessa técnica é uma cornea clara na maioria dos casos, normalmente até os 3 meses após o procedimento cirúrgico. A descemetorhexis, sem o transplante endotelial pode ser uma alternativa viável para pacientes com distrofia de Fuchs central, principalmente em países que são carentes de banco de olhos.