Sessão de Relato de Caso


Código

RC251

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Faculdade de Medicina da Fundação Universidade do ABC

Autores

  • JULIANA TAEMY OKIMOTO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Bruno Knobel Ulrych (Interesse Comercial: NÃO)
  • Julio Zaki Abucham Neto (Interesse Comercial: NÃO)

Título

USO DE ANTI-VEGF EM HEMORRAGIA VITREA SECUNDARIA A DOENÇA DE EALES

Objetivo

Discutir os tratamentos disponíveis na doença de Eales e o uso de anti-VEGF no tratamento da hemorragia vítrea (HV).

Relato do Caso

Paciente masculino, 25 anos, com queixa de “floaters” em olho esquerdo (OE) há 20 dias. A acuidade visual corrigida (AV) era de 20/20 em ambos os olhos. À fundoscopia, apresentava em OE edema de papila, presença de vasculite periférica com áreas de hemorragias intrarretinianas e manchas algodonosas difusas sem acometimento macular. A angiofluoresceinografia demonstrava hipofluorescencia por bloqueio em áreas de hemorragias e áreas de isquemia em periferia. Foram descartadas infecções. Neste período,perdeu o acompanhamento por 4 meses e retornou com AV de 20/25 em OD e conta dedos frente à face em OE. À fundoscopia, apresentava em OD vasculite periférica com hemorragias retinianas difusas poupando mácula, porém a fundoscopia de OE era impraticável. A ultrassonografia de OE sugeria HV sem tração ou descolamento de retina (DR). Realizado teste tuberculínico com valor de 12mm e TC de tórax normal. Foi então discutida a hipótese de doença de Eales e optado por corticoterapia oral, fotocoagulação em OD e realização de bevacizumab intravítreo (IV) em OE. Houve melhora da AV de OE após procedimento para 20/200.No entanto, houve novo episódio de HV em 2 semanas. No momento, está em acompanhamento.

Conclusão

A doença de Eales é uma vasculite retiniana de etiologia incerta que acomete adultos jovens e possui forte associação com o Mycobacterium tuberculosis. Inicia-se com queixas de “floaters” ou baixa acuidade visual,na sua maioria bilateral (50-90%). Seu diagnóstico é de exclusão e seu tratamento consiste na atuação em áreas de neovasos, isquemia e nas complicações, como a HV e o DR. O tratamento consiste em corticoterapia e fotocoagulação das áreas isquêmicas. Apesar de ser uma doença de caráter inflamatório, Murusgeswari et al demonstraram níveis aumentados de VEGF IV nestes pacientes; sendo portanto, a terapia com anti-VEGF uma opção no tratamento dos neovasos e da HV com resolução mais rápida e menor necessidade de cirurgia.

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