Código
RC120
Área Técnica
Oftalmopediatria
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: REDE PRIVADA
Autores
- BARBARA KARINE GONET AMARAL ABITBOL (Interesse Comercial: NÃO)
- VIVIANE LANZELOTTE (Interesse Comercial: NÃO)
- JOSÉ EDUARDO DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
IMPORTANCIA DE VALORIZAR A CLINICA INESPECIFICA NO DIAGNOSTICO DO GLIOMA DE QUIASMA OPTICO NA CRIANCA - RELATO DE CASO
Objetivo
O presente relato tem como objetivo enfatizar a necessidade de valorizar e investigar a queixa da família mesmo que o comportamento social da criança durante o exame não seja compatível com baixa visão, excluindo-se todas as possíveis patologias orgânicas. Enfatizar também a avaliação individualizada e multidisciplinar pois nem sempre os sinais e sintomas da criança são objetivos.
Relato do Caso
Paciente 5 anos, sexo feminino, branca, veio ao consultório com queixa de baixa visão. Mãe vem notando há 1 ano alteração no comportamento visual da criança pois aproximava os objetos. Investigação oftalmológica prévia diagnosticou baixa acuidade visual em ambos os olhos sem anormalidades na Angiografia Fluoresceínica e Tomografia de Coerência Óptica. Familiares trouxeram para nova avaliação pois estavam preocupados com a piora visual. Criança informava ver parcialmente a imagem mas não explicava como. Ao exame mostrava-se cooperativa com as solicitações, boa noção espacial quanto a locomoção. Exame oftalmológico com baixa acuidade visual em ambos os olhos - olho direito: 20/400 e olho esquerdo: conta dedos 1 metro, hipermetropia leve e Mapeamento de Retina sem alterações. Foi encaminhada imediatamente ao neuropediatra que não observou alterações neurológicas significativas, exceto a baixa visão. Solicitada Ressonância Magnética do crânio que foi sugestiva de Astrocitoma pilocítico / Glioma de baixo grau situado na região hipotálamo-quiasmática suprasselar. No momento a paciente encontra-se em tratamento quimioterápico.
Conclusão
A avaliação da criança é extremamente complexa pois os sinais e sintomas muitas vezes não são verbalizados e exigem do examinador paciência e conhecimento de cada estágio da infância para notar alterações sutis mas extremamente significativas. O acompanhamento multidisciplinar faz-se obrigatório e urgente uma vez que o diagnóstico tardio pode ser fatal. Nesse caso a queixa era única e inespecífica, sem outras comorbidades o que fez com o diagnóstico final de Glioma fosse realizado em parceria com equipe multidisciplinar.