Código
RC199
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Oftalmológico de Sorocaba
Autores
- PATRICIA BORTOLAI (Interesse Comercial: NÃO)
- Hideki Barbosa Hirota (Interesse Comercial: NÃO)
- Gabriel Zatti Ramos (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ESTRIAS ANGIOIDES RELATO DE CASO
Objetivo
Relato de caso de estrias angióides em paciente com pseudoxantoma elástico
Relato do Caso
Paciente do sexo masculino, 59 anos, procedente de Guareí -SP. Deu entrada no serviço em novembro de 2016 com queixa de baixa acuidade visual (BAV) em olho esquerdo (OE) há 2 anos. Apresentava no dia da consulta acuidade visual melhor corrigida de 20/30 em olho direito e conta dedos a 50 cm em olho esquerdo. À biomicroscopia apresentava olho calmo, córnea clara, fácico. Biomicroscopia de fundo do olho direito nervo óptico corado, bem delimitado, escavação fisiológica, presença de estrias angióides sem neovascularização. Olho esquerdo apresentava estrias angióides com presença de membrana neovascular subretiniana. Ao exame físico completo do paciente, foi possível avaliar presença de acometimento da pele da região do pescoço do paciente, com aspecto característico de pseudoxantoma elástico, doença genética rara caracterizada pela progressiva calcificação e fragmentação das fibras elásticas da pele, retina e sistema cardiovascular. Além das lesões na pele paciente apresentava hipertensão arterial sistêmica. Ao realizar exame de OCT foi possível avaliar presença de fluido sub-retiniano em OD e fibrose em OE. Sendo indicado 3 (três) injeções de anti-VEGF em OD na tentativa de redução de líquido subretiniano para melhora da acuidade visual. Paciente aguarda fim do tratamento para novas avaliações. Quadro em estágio avançado de estrias angióides com complicação característica da doença. A formação de membrana neovascular traz consigo baixa de visão importante, sendo necessário diagnóstico precoce e seguimento próximo para prevenção de evolução grave.
Conclusão
Por tratar-se de doença sistêmica e hereditária, a importância de um diagnóstico precoce permite aconselhamento genético e acompanhamento multidisciplinar. Faz-se necessária avaliação dermatológica, cardiovascular e oftalmológica frequentes para prevenir complicações futuras.