Código
RC252
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: iRetina Eye Institute
Autores
- CAROLINA CAMPOS REIS (Interesse Comercial: NÃO)
- Jorge Carlos Pessoa Rocha (Interesse Comercial: NÃO)
Título
USO DE ANTI-VEGF EM NEOVASCULARIZAÇAO DE COROIDE SECUNDARIA A DISTROFIA RETICULAR DO EPR: RELATO DE CASO
Objetivo
: Descrever o caso de paciente com distrofia reticular do epitélio pigmentado da retina (EPR) associada a neovascularização de coróide (NVC).
Relato do Caso
O.D.L, masculino, 71 anos, caucasiano, com hipertensão arterial sistêmica como única comorbidade. Referia baixa acuidade visual progressiva em AO, sem outras queixas. Acuidade visual corrigida de 20/800 em OD e 20/200 em OE. Ao exame, observava-se em OD atrofia macular e no OE, cicatriz disciforme e hemorragia macular adjacente. OCT evidenciando em diminuição difusa da espessura retiniana sugerindo atrofia em OD e, em OE, descolamento fibrovascular do EPR com líquido subrretiniano, sugerindo NVC. À angiofluoresceinografia (AFG), além de vazamento em mácula de OE e defeito em janela correspondentes às demais áreas de atrofia descritas , observa-se discreto padrão reticular de AO formado pela rede de hipofluorescência por bloqueio a partir do pólo posterior, assimétrica. Submetido à 12 injeções intravítreas de ranibizumabe em OE no período de 8 anos (tratar se necessário), com boa resposta terapêutica, alcançando acuidade de 20/40, apesar da queixa de recuperação lenta da visão após exposição à luz intensa. Em novo exame após 8 anos, evidenciou-se aumento das áreas atróficas em AO e novo sangramento macular em OE, além de áreas de acúmulo discreto de pigmento amarelado no pólo posterior de AO. Na nova AFG, destacava-se o aumento evidente do bloqueio devido à presença do pigmento formando padrão reticular, o que sugere fortemente o diagnóstico de distrofia reticular do EPR .
Conclusão
A distrofia reticular do EPR é um tipo raro de distrofia padrão que caracteriza-se pela bilateralidade, assimetria e extensão das lesões em forma de rede do centro para a média periferia. Geralmente preserva a visão central, exceto nos infrequentes casos onde atrofia geográfica ou NVC estão presentes. Neste caso, Anti-VEGF foi realizado devido à NVC secundaria a distrofia do EPR. O paciente mantém boa visão no olho tratado, sugerindo bom prognótico a longo prazo neste tipo de neovascularização.