Sessão de Relato de Caso


Código

RC040

Área Técnica

Doenças Sistêmicas

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal de São João Del Rei

Autores

  • AMANDA CHINELLATO DE LIMA PEREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • DANIEL DA ROCHA LUCENA (Interesse Comercial: NÃO)
  • RAIMUNDO BEZERRA HOLANDA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

DIAGNOSTICO DE CORIORRETINITE PLACOIDE SIFILITICA: RELATO DE CASO

Objetivo

A sífilis reemerge como uma doença de sintomatologia diversa e acometimento orgânico variado, podendo cursar com sequelas. Esse contexto demonstra a necessidade de conhecimento das formas de apresentações oculares, dentre elas, a coriorretinite placoide sifilítica. Uma forma de apresentação rara, mas como demonstrada neste neste caso fortalece a necessidade de amplificação do conhecimento da sífilis ocular.

Relato do Caso

Paciente 45 anos, sexo feminino, queixa de dor ocular e baixa visual súbita em olho esquerdo (OE). Exame oftalmológico: acuidade visual (AV) de OE 20/400 com e sem correção. Biomicroscopia do segmento anterior: córnea transparente, cristalino tópico e ausência de traços celulares. Biomicroscopia do segmento posterior: celularidade vítrea 2/4 cruzes. Fundoscopia de OE: retina colada e disco óptico sem anormalidades. Retinografia de campo amplo do OE: edema de disco óptico e lesão placoide em área macular com líquido sub-retiniano, confirmado com angiotomografia macular. Neste contexto, surgiu a hipótese de Coriorretinite Placoide Sifilítica, devido à associação com uma história de cefaléia e dores articulares há cerca de um ano. Foram solicitados VDRL, FTA-ABS e sorologia para HIV, que tiveram um resultado compatível com o diagnóstico de sífilis. A sorologia para o HIV foi não reagente. Assim, iniciou-se tratamento com Penicilina G benzatina. Seis meses pós-tratamento, paciente estável, AV sem correção em OE 20/30 e sem sinais de atividade uveítica.

Conclusão

Os últimos dados mostram 87.593 casos de sífilis adquirida, 37.436 casos em gestantes e 20.474 da forma congênita entre eles, 185 óbitos, no Brasil, no ano de 2016. Dessa forma, a coleta de uma anamnese detalhada, associada a uma análise por exames complementares auxilia no estabelecimento do diagnóstico adequado. Além disso, conhecer as formas diversas de apresentação da doença, mesmo que raras, é essencial no estabelecimento de uma terapêutica coerente, evitando prejuízos ao paciente.

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