Título

Fibras de Mielinas Gigantes: série de 3 casos

Objetivo

Descrever uma série de 3 casos de fibras de mielinas ‘’gigantes’’ associadas à baixa acuidade visual.

Relato do Caso

No caso 1: 14 anos, sexo masculino, com queixa de baixa acuidade visual em olho esquerdo (OE). Com acuidade visual corrigida de 20/20 em olho direito (OD) e conta dedos a 4m em OE, sem melhora com refração. Sem alterações biomicroscópicas. À fundoscopia observou-se áreas extensas de fibras mielinas contíguas ao nervo óptico, se extendendo além da arcada vascular temporal superior associada a buraco lamelar confirmado na tomografia de coerência óptica (OCT). O pacientes 2 de 46 anos, sexo feminino, com queixa de baixa acuidade visual em olho direito desde a infância. Ao exame, apresentou AV de conta dedos em olho direito, sem melhora com a refração, com alta miopia de - 10,00 = -2,00 x 165 , sem alterações biomicrocópicas. À fundoscopia observou-se extensas áreas de fibras de mielina contíguas com o nervo óptico acometendo todo o pólo posterior e encobrindo parcialmente a região macular, ultrapassando as arcadas vasculares em OD. Sem alterações em OE. O paciente 3 de 36 anos, do sexo feminino, apresentando baixa de visão bilateral desde a infância, apresentando acuidade visual corrigida de 20/400 em ambos os olhos, com alta miopia associada de -12,00 = -1,00 x 30 em OD e -12,75 = - 1,75 x 110 em OE. À fundoscopia observou-se fibras de mielina bilaterais contíguas com o nervo óptico, acometendo todo o polo posterior e além das arcadas vasculares.

Conclusão

A persistência de fibras de mielina é normalmente um achado de exame sem implicações clínicas, mas nestes 3 casos atípicos, com apresentação extensa, estiveram associadas a baixa visual severa, associada a ambliopia, sendo dois deles associados também à alta miopia e um deles bilateral, sendo importante o acompanhamento oftalmológico precoce.