Código
P056
Área Técnica
Estrabismo
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus
Autores
- ROGERIO MATHEUS DE MORAES JUNIOR (Interesse Comercial: NÃO)
- Vitor Camacho Scombatti (Interesse Comercial: NÃO)
- Edmilson Gigante (Interesse Comercial: NÃO)
Título
AVALIAÇAO DAS CORREÇOES CIRURGICAS DE ESOTROPIAS DE GRANDE ANGULO COM CIRURGIA MONOCULAR ENTRE OS ANOS DE 2007 A 2016
Objetivo
Avaliar os resultados da correção cirúrgica monocular de esotropias de grande ângulo após 5 a 10 anos, verificando sua efetividade e a existência de exotropias secundárias, além de comparar os resultados entre crianças e adultos.
Método
Estudo analítico e retrospectivo de série de casos em que foram avaliados os prontuários dos 89 pacientes com esotropia de ângulo igual ou superior a 50 dioptrias prismáticas que se submeteram à cirurgia de correção monocular no Hospital Regional de Presidente Prudente no período entre janeiro de 2007 a setembro de 2016. Para a análise estatística, foram utilizados o teste T de Student e o teste de Mann Whitney, admitindo-se um mínimo de significância de p < 0,05.
Resultado
Dos 89 pacientes analisados, 82,02% apresentaram sucesso cirúrgico no 6º mês pós-operatório, enquanto que 10,11% apresentaram resultados regulares e apenas 7,87%, resultados ruins. Os resultados foram considerados bons em 80,39% dos pacientes adultos e em 84,21% das crianças. Após 5 a 10 anos do ato cirúrgico, a taxa de sucesso reduziu para 72,72%, com 18,18% de resultados regulares e 9,09% de resultados ruins, contudo, vale ressaltar que 45 pacientes não retornaram para essa avaliação a longo prazo, e destes, 43 apresentavam resultados bons após 6 meses da cirurgia. O surgimento de exotropia consecutiva a longo prazo foi observada em 15,9% dos pacientes, entretanto, essa porcentagem reduz-se para 2,22% considerando-se apenas os desvios superiores a 10 dioptrias prismáticas.
Conclusão
A cirurgia monocular para correção cirúrgica de esotropias demonstrou-se eficaz para desvios oculares de grande ângulo, com resultados estáveis e baixa incidência de exotropia consecutiva a longo prazo, podendo ser realizada tanto em crianças quanto em adultos, sem que haja diferença estatisticamente significativa na taxa de sucesso cirúrgico.