Código
RC285
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital de Olhos Velloso
- Secundaria: SOL - Serviço de Oftalmologia Ltda
Autores
- VIVIANE SOARES DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
- RENATA CREMA DE VELLOSO VIANNA (Interesse Comercial: NÃO)
- CAMILLE CATARINA ARTUSO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RELATO DE CASO DA AMAZONIA OCIDENTAL: EVOLUÇAO ATIPICA DE SINDROME DE FUCHS COM SUBLUXAÇAO DE LIO
Objetivo
Descrever um caso de Síndrome de Fuchs (SF) associado a glaucoma, catarata e subluxação de lente intraocular (LIO) após sete anos de facectomia em olho esquerdo (OE).
Relato do Caso
HMB, 63 anos, sexo masculino, possui histórico de uveítes de repetições em OE e glaucoma há 13 anos, sem outras patologias prévias. Na primeira consulta, apresentou ao exame oftalmológico acuidade visual 20/20 em ambos os olhos (AO). À biomicroscopia: discreta opacidade corneana em OE. À fundoscopia: aumento de escavação papilar AO: 0,4 em olho direito (OD) e 0,6 em OE; e pressão intraocular (PIO) de 13 mmHg AO. Durante quatro anos de acompanhamento, desenvolveu diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica e glaucoma de difícil controle. Evoluiu com catarata subcapsular posterior, sendo submetido à facectomia com implante de LIO em OE, sem intercorrências. Após sete anos, mantendo o glaucoma controlado, paciente retornou apresentando síndrome de tração vítreo-macular com elevação da PIO e vitreíte em OE. Em cinco meses de evolução, foi evidenciado na biomicroscopia: ceratite difusa, ceratopatia bolhosa, edema subepitelial com subluxação da LIO, que posteriormente evoluiu com luxação da LIO para o vítreo, sem história de trauma associado.
Conclusão
A SF é um tipo de uveíte relativamente incomum que afeta igualmente ambos os sexos, entre 20 a 45 anos, caracterizado como uma inflamação não granulomatosa crônica unilateral na úvea anterior, de início insidioso, baixo grau de atividade e resistente a corticoterapia. Apesar da relação da SF com glaucoma secundário e catarata subcapsular posterior, não foi encontrada na literatura pesquisada a associação com subluxação de LIO, conforme descrito neste paciente. Devido à heterogeneidade na apresentação, a abordagem de forma singular é desafiadora.