Título

FIBROSE DO MUSCULO OBLIQUO INFERIOR POS-BLEFAROPLASTIA INFERIOR TRANSCONJUNTIVAL

Objetivo

objetivo deste relato de caso é mostrar a possibilidade de complicaçao tardia do músculo obliquo inferior em blefaroplastia transconjuntival

Relato do Caso

S.P.G., 35 anos, sexo feminino, procedente de São Paulo. Procurou nosso serviço devido à queixa de bolsas de gordura em pálpebra inferior. Foi submetida à blefaroplastia inferior transconjuntival em ambos os olhos, sem intercorrências. Após 30 dias do procedimento o aspecto pós-operatório estético estava satisfatório, porém a paciente relatava restrição de movimentos em olho direito e diplopia leve em algumas posições do olhar compatível com acometimento de músculo oblíquo inferior. Após 2 meses, a paciente mantinha restrição e diplopia leve em supra e infraversão e abdução, onde foi realizada injeção de triancinolona em topografia de músculo da pálpebra inferior do olho direito. No terceiro mês de pós-operatório apresentou melhora da restrição, porém diminuição da fenda palpebral em adução com área elevada em região central da pálpebra inferior do olho direito onde foi aventada a hipótese de fibrose ou bolsa residual. Foi realizada nova injeção de triancinolona na região. No quinto mês pós-operatório não apresentou melhora, então foi solicitada tomografia computadorizada de órbitas que mostrou densificação dos tecidos moles e gordura extraconal adjacente aos músculos oblíquo inferior e reto inferior. Foi indicada exploração cirúrgica transconjuntival de pálpebra inferior com ressecção de gordura próxima ao músculo oblíquo inferior e liberação da fibrose local envolta ao mesmo. Após 3 semanas da exploração cirúrgica houve melhora do quadro mas diplopia esporádica. Foi realizada nova aplicação de triancinolona.

Conclusão

O caso apresentou uma atípica complicação tardia de blefaroplastia inferior transconjuntival envolvendo o músculo oblíquo inferior e mostrou boa resposta a corticoterapia seguida de exploração cirúrgica com liberação de fibrose local