Sessão de Relato de Caso


Código

RC011

Área Técnica

Catarata

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto de Olhos do Recife

Autores

  • MARCELA VALENCA DE OLIVEIRA CAVALCANTI (Interesse Comercial: NÃO)
  • Telma Samila Cavalcanti Damasceno De Freitas (Interesse Comercial: NÃO)
  • Luciana Maia Valenca (Interesse Comercial: NÃO)

Título

USO DE SF6 NO DESCOLAMENTO DA MEMBRANA DE DESCEMET POS-FACECTOMIA

Objetivo

Relatar caso de descolamento iatrogênico da membrana de descemet, com uso de SF6 (15%) na câmara anterior.

Relato do Caso

Paciente S.S.C., 60 anos, deu entrada no serviço com queixa de baixa acuidade visual em ambos os olhos, pior em olho esquerdo. A acuidade visual era pior do que 20/400, e o exame biomicroscópico evidenciava catarata nuclear 4+/4+, sem outras alterações. Foi submetido à facectomia extracapsular, sem intercorrências. No sétimo dia pós-operatório, o paciente apresentou acuidade visual de 20/200, com correção, e relatou piora em relação ao primeiro DPO. À biomicroscopia, foi observado descolamento da membrana de Descemet superior, extenso, atingindo eixo visual. O paciente foi encaminhado ao bloco cirúrgico para a a injeção do gás hexafluoreto de enxofre (SF6) a 15% em câmara anterior. Com uma seringa de 10ml conectada em uma agulha de insulina, foi aspirado 2ml do gás do recipiente, em seguida expulsou-se 0,5ml para atingir a quantidade de 1,5ml, para então completar a seringa com ar ambiente até 10ml e ficar, ao final, com a concentração próxima de 15%. O paciente foi orientado a permanecer em decúbito elevado por dois dias. O procedimento foi realizado com sucesso. No quarto dia pós-operatório a membrana de Descemet havia retornado à posição anatômica, e o paciente apresentava acuidade visual com correção de 20/30. Na última avaliação, 45 dias após a facectomia, o paciente recebeu alta sem anormalidades corneanas e com acuidade visual mantida.

Conclusão

O descolamento da membrana de Descemet é uma complicação rara após a cirurgia de catarata. As opções terapêuticas são: conduta expectante ou injeção de bolha de ar, nos descolamentos pequenos e periféricos; suturas com transfixação corneana, viscoelástico associado com bolha de ar e gás (SF6 ou perfluorpropano) associado ou não com sutura, nos casos de descolamentos com acometimento do eixo visual, a exemplo do caso apresentado. O desfecho favorável do nosso caso corrobora com a literatura, demonstrando que o uso de SF6 é um método seguro e efetivo nestes casos.

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